





O LIVRO DA VIDA
Entre os Rastas é muito comum a interpretação daas passagens bíblica. "livro da Vida". Os próprios Rastas costumam lembrar que "a outra metade nunca foi contada". Os Rastas usam a versão Macabeus de origem etíope, considerado o livro integral da Revelação. Entre revelações encontra-se o segredo e o significado dos Sete Selos do Rei Salomão.
"E Eu chorei muito pôr nenhum homem ser merecedor de abrir o livro nem soltar os Sete Selos. E um dos anciões disse, "Não chore, contemple o Leão da tribo de Judá. A raiz de Davi foi capaz de abrir o Livro e soltar os Sete Selos, e Eu contemplei, e no meio do trono, no meio dos anciões, um cordeiro foi morto de sete chifres, de sete olhos, e dos sete espíritos de Jeová eterno, enviado adiante pôr toda a terra, e Ele veio e tomou o livro na mão direita de Sua Majestade Jah Ras Tafari I que está sentado no Trono". E o sétimo Selo foi libertado. O Sétimo Selo é conhecido como Haile Selassie I primeiro da Etiópia"
AMORA
(Associação do Movimento Da Ordem Rastafari em Angola)
Encontro de Reflexão Sobre a Música Reggae
O Reggae e a Comunicação Social
JAH ISSAC amigo e patrono dos ideais Rasta em Angola que descanse em paz e muito obrigado
por tudo
“É evidente que o Reggae é subversivo, perigoso e talvez devesse ser proibido. O Reggae
é hipnótico, é uma musica de transe – é uma tempestade cultural que emana das
Caraíbas. . .Jamaica”
Disso podemos não duvidar que muitas pessoas comungam a teoria que o “Reggae é musica
dos liambeiros (maconheiros)”, de um grupo de pessoas despenteadas que preferem utilizar a
canabis sativa (liamba ou marijuana) como hóstia para a viagem de transe ao som do ritmo de
Jah.
Durante dezesseis anos de monopartidarismo liderados pelo MPLA, a musica Reggae foi quase
banida dos órgãos de informação pública, graças ao atrevimento de alguns funcionários de
rádio e televisão, ouvíamos Bob Marley, Peter Tosh ou Jimmy Cliff. Apesar dela ser tocada
uma vez ou outra, o Reggae constituía para os mais entendidos, diga-se em política uma arma
perigosa que servia para combater todas as formas de exploração do homem pelo homem. Por
isso, qualquer música que expressasse uma linha contraria aos ideais socialistas deveria ser
evitada ou mesmo jogada num canto qualquer de preferência numa lata de lixo.
Recuando no tempo dos primórdios do conhecimento do Reggae em Angola, lembro que foi
trazida por determinados jovens , que vivendo na Europa , ou como bolseiros angolanos no
exterior , trouxeram para cá o Reggae .
Quero recordar-vos que JAH ISSAC fazia parte deste grupo de jovens conhecedores, que de
regresso a pátria deram a conhecer o ritmo que os atraiu porque era diferente dos estilos
musicais que era executados em Angola. Lembro também que pela Valentim de Carvalho ,
empresa discográfica em Angola , muitos na intenção de coleccionarem discos reuniam alguns
bons discos de Reggae
Da Jamaica antes de Bob Marley ter cantado War onde falava da necessidade dos povos
africanos oprimidos se libertarem do jugo colonial , letra inspirada no discurso de sua
Majestade Imperial Haile Sélassie , os Revolutionares punham no mercado três singles –
Angola, MPLA e Let Go Violence, onda apoiavam tacitamente a Revolução Angolana.
Agradecidos por este gesto , angolanos há que compreendendo a mensagem na altura
escolheram o Reggae como estilo musical que servia de bálsamo para acalmar a dor ou a raiva
de se libertar ou então o alimento para a alma .
Certamente que a década de setenta foi a época de aprendizagem do conhecimento da música
Reggae produzida na Jamaica . logo a seguir , no início dos anos oitenta o Reggae era levado
para a rádio e a televisão . Recordo que Zé Neto do programa Para Jovem na Rádio Nacional
tocava a canção “Reggae Night” de Jimmy Cliff , João Miguel das Chagas , Nguxi dos Santos ,
Dias Júnior , Tony Sofrimento e outras personalidades , escreveram os seus nomes no quadro
de honra dos que deram a conhecer a música Reggae em Angola.
É bom afirmarmos também que a morte de Robert Nesta Marley , Bob Marley , fez com que
o Reggae fosse mais tocado com alguma frequência na rádio ou televisão e até mesmo nos
Dancings, temas com I Shot The Sheriff , One Love, Get Up Stand Up , Comig From The Cold,
entre outros enchiam os ouvidos dos apreciadores do Reggae ou dos curiosos que descobriam,
o Rei da Música como um dos percursores na internacionalização do ritmo da Jamaica para
África, Europa aos Estados Unidos da América.
O regresso definitivo de JAH ISSAC a Angola na metade da década de oitenta , e com ele todo
um acervo de material discográfico e bibliográfico sobre a música e cultura da Jamaica , fez
com que junto dele muitos jovens despertassem o interesse na música e no aprofundar da
filosofia Rastafariana . À partir desta fase eram dados os primeiros para a formação daquela
que e´ hoje a Associação do Movimento da Ordem Rastafari de Angola (AMOR ), em Luanda a
Comunidade Rasta.
Muitos destes jovens eram como se fossem discípulos de JAH ISSAC . Inibidos do seu saber
cultural , ensinavam aos interessados no Bairro Operário ,São Paulo, Sambizanga , Ngola
Kiluange , Cazenga e outras zonas da capital o que realmente era o Reggae.
Com os ventos da mudança política em Angola , através do multipartidarismo no inicio dos
noventa , a divulgação da música Reggae ganha outros contornos , a Rádio Nacional de Angola
cria o espaço Top. Reggae dedicado a divulgação da música Jamaicana – ao Ras Nkrumah
devemo-lhe os nossos agradecimentos por dar-nos de beber todos os Sábados de manhã o
chá verde musical , confortante para o restabelecimento corporal depois de uma semana
de trabalho cansativa. Nos programas de televisão tais como Explosão Musical , passava
esporadicamente clips de Marley ou das estrelas de dancehall Shabba Ranks, Shaka Demus and
Pliers ou de qualquer outro cantor jamaicano que estivesse a fazer sucesso nos Estados Unidos
da América.
Apesar da divulgação tímida na televisão, de qualquer modo, o nosso obrigado por nos terem
brindado shows de Alpha Blondy e Solar System bem como Lucky Dube , músicos africanos de
Reggae os expoentes máximos no continente berço,
A dura luta para a mudança do rótulo “Reggae Música de Liambeiros” continuava , houve
então a necessidade da AMORA organizar debates televisivos ou radiofônicos para a correta
explicação do que era o Reggae e a filosofia Rasta, dos cabelos em trança , do uso do gorro,
das cores, das veste , da alimentação vegetariana e do uso da erva. So´ assim a máscara aos
poucos começava a dar lugar ao verdadeiro rosto de que “O Reggae é o veículo que exprime o
sofrimento , a carência, , a dor do povo . O Pulsar do coração das populações oprimidas”
Alguém em tempos chegou para mim e fez-me a seguinte pergunta – Por quê que o Reggae
é tão pouco divulgado em Angola? Só tive tempo de responder-lhe que o Reggae fala a
verdade e algumas pessoas não gostam da verdade . A verdade amedronta o “Shitstema” que
oprime as populações que desejam conhecer –lá através do Reggae , inventando teorias que
mancham a música com o homem Rasta.
Em 1998 eu e o JAH ISSAC e alguns brothers tivemos a idéia de criarmos um programa
radiofônico onde pudéssemos dar a conhecer a história da música Reggae até os nossos dias…
Fruto ha persistência em conhecer a cultura jamaicana com a chegada dos primeiros escravos
Maroons a ilha da Jamaica e com eles uma cultura arrancada da África era levada para o Caribe
e mundo fora , os batuques Nyabinghi são exemplo, isso na musica Reggae feita em Kingston
capital Jamaicana.
O ano de 2000 foi a efetivação do que era então o projeto “Raízes Reggae” na Rádio Ecclesia
– Emissora Católica de Angola (engraçado) . Eu era o produtor do programa , o jornalista
Paulo Juliao fazia biscas na Internet sobre o Reggae e o ancião Binghi emprestava a sua voz
ensinando-nos os artistas que haviam começado com o mento , Rock Steady, até o Reggae .
O Mário Vaz , a Carla Castro, Herculano Coroado e o hoje deputado Alexandre Neto , eram as
vozes que apresentavam o programa . Com a saída destes jornalistas passei a apresentar o
Raízes Reggae , juntando-se como especialista do estilo musical o Ras Kilungi , um jovem que
eu conheci nos assentos da Comunidade Rasta no Bairro Operario . Nesta altura JAH ISSAC
poucas vezes descia o morro porque a doença já estava a incomoda-lo.
Aos músicos de Reggae , Luanda Dread Band, Os Powers , Charles Bois Poaty, Ismael Ndongo ,
Os Contrastes , Difíceis, Samjanbela, Legalize, Kussondolola, Mercado Negro, Prince Wadada
entre outros que na banda ou na estranja divulgam o Reggae, coragem e muita fe´ porque a
outra história do recomeça no nosso país depois da Jamaica . Muito ainda pode acontecer ,
peço- vos não desistam nunca , por favor !
Que o Criador os proteja
Jah Go Bless !
Jah Rastafary
Tomas de Melo OU Sakamoto – Jornalista Realizador de Programas e Apresentador do
Programa Raízes Reggae na Radio Ecclesia .- Emissora Católica de Angola





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